Crítica: Três estranhos idênticos


Premiado documentário de 2018 chegou ao catálogo da Netflix em junho e é um prato cheio para os fãs do gênero. 
Foto: Divulgação.

Imagine se você, jovem de classe alta, se muda de sua cidade natal rumo à universidade para o primeiro dia de aula e, de repente, passa a ser cumprimentado, como se você fosse um veterano.

Pois é assim que o calouro Robert Shafran é tratado no início de "Três estranhos idênticos", documentário de 2018 (premiado no Sundance, inclusive) que chegou ao catálogo da Netflix no final de junho.

Dirigido por Tim Wardle, o longa conta a inusitada (para dizer o mínimo) história de Shafran e seus irmãos David e Eddy - esse o verdadeiro veterano da faculdade- trigêmeos idênticos que foram separados no nascimento.

O objetivo da separação é algo chocante: tratava-se de um experimento social, desenvolvido pelo psiquiatra Peter Neubauer com o intuito de entender de que maneira a genética dos gêmeos poderia ou não influenciar no desenvolvimento das crianças, levando em conta que elas crescessem em ambientes e classes econômicas distintas. 

Com pouco mais de 90 minutos de documentário, "Três estranhos" esmiúça a vida dos protagonistas desde o encontro por acaso, a ascensão meteórica dos jovens na mídia e passando pelo suicídio de um dos irmãos, chegando ao desfecho de que os envolvidos sentiam um certo desprezo pela vida das crianças com o intuito de "fazer história".

Certamente, o documentário vai fazer você se surpreender, do início ao fim, com essa história real e digna de um filme stadunidense. Vale a pena conferir!